Os moradores do município de Beberibe, distante 83 quilômetros de Fortaleza, foram surpreendidos, na manhã de ontem, ao encontrar na margem do Rio Pirangi uma baleia-piloto encalhada no local.
Uma equipe com dois biólogos e um veterinário da Associação de Pesquisa e Preservação dos Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) foram para o local com o objetivo de ajudar o animal. Eles constataram que a baleia é um macho adulto, com 4,1 metros de comprimento.
Além disso, os biólogos e o veterinário levantaram a suspeita de que o mamífero estivesse com um quadro de infecção, pois ele tinha a respiração fétida e estava debilitado e magro. Durante a tarde, o problema foi confirmada por meio de um exame de sangue.
De acordo com a bióloga da Aquasis, Katherine Choi, a equipe da Associação vai ficar na margem do Rio Pirangi, junto com a baleia, 24 horas por dia até que ela melhore. "O animal está recebendo tratamento com vitaminas e antibióticos. Esperamos que ele melhore e possa ser solto até quarta", afirmou.
Ela acrescentou que o mamífero está suspenso por uma lona para que não se afogue. "A equipe está tentando alimentá-lo, tratá-lo e também deixá-lo calmo", explicou.
Para a bióloga, é muito importante que o animal não fique estressado, pois, como eles não são acostumados a viver fora da água e nem a conviver com humanos, o nível de estresse pode aumentar e, assim, ele pode sofrer um ataque cardíaco.
Katherine comentou que a equipe que atendeu o animal ainda não sabe porque ele encalhou. As suspeitas são que isso ocorreu devido à infecção que debilitou o mamífero.
"Vamos investigar o que gerou a doença na baleia, dessa forma poderemos saber o que o levou a encalhar no litoral de Beberibe. Se o animal não resistir e vier a óbito, ele será levado para a Aquasis, onde uma autopsia será feita para determinar o motivo do falecimento", afirmou a bióloga.
Águas profundas
Segundo Katherine, esses são animais de águas profundas e, por isso, não são vistos com frequência próximo à praia. Mas, essa é a segunda baleia-piloto que encalha no litoral cearense neste ano. A primeira foi encontrada em águas rasas no município de Aracati e permaneceu encalhada por mais de 15 dias. Após uma semana de tratamento, voltou ao oceano.
Fonte:Com informações do Diário do Nordeste
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